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João Pinto Coelho

Teoksen Perguntem a Sarah Gross (Portuguese Edition) tekijä

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Includes the name: João Pinto Coelho

Tekijän teokset

Merkitty avainsanalla

Yleistieto

Syntymäaika
1967-08-24
Sukupuoli
male

Jäseniä

Kirja-arvosteluja

Quando as cinzas assentaram, ficaram apenas um judeu, um cristão e um livro por escrever.
Paris, 2001. Yankel - um livreiro cego que pede às amantes que lhe leiam na cama - recebe a visita de Eryk, seu amigo de infância. Não se veem desde um terrível incidente, durante a ocupação alemã, na pequena cidade onde cresceram - e em cuja floresta correram desenfreados para ver quem primeiro chegava ao coração de Shionka. Eryk - hoje um escritor famoso - está doente e não quer morrer sem escrever o livro que o há de redimir. Para isso, porém, precisa da memória do amigo judeu, que sempre viu muito para além da sua cegueira.
Ao longo de meses, a luz ficará acesa na Livraria Thibault. Enquanto Yankel e Eryk mergulham no passado sob o olhar meticuloso de Vivienne - a editora que não diz tudo o que sabe -, virá ao de cima a história de uma cidade que esteve sempre no fio da navalha; uma cidade de cristãos e judeus, de sãos e de loucos, ocupada por soviéticos e alemães, onde um dia a barbárie correu à solta pelas ruas e nada voltou a ser como era.
Na senda do extraordinário Perguntem a Sarah Gross, aplaudido pelo público e pela crítica, o novo romance de João Pinto Coelho regressa à Polónia da Segunda Guerra Mundial para nos dar a conhecer uma galeria de personagens inesquecíveis, mostrando-nos também como a escrita de um romance pode tornar-se um ajuste de contas com o passado.
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Jonatas.Bakas | Sep 13, 2022 |
Um Tempo a Fingir é o último romance de João Pinto Coelho e, como Os Loucos da Rua Mazur, um livro extraordinário.

É difícil falar de um livro quando este nos dá tanto, tanto enredo, tantas personagens carismáticas, tudo com uma maneira de escrever intensa, em que não temos vontade de parar a leitura até nos sentirmos sem fôlego. É um daqueles romances que nos deixa, sem dúvida, com a famosa “ressaca literária”. Queria deixar passar uns dias para falar sobre ele, mas, ao mesmo tempo, não consigo deixar de falar já dele.

João Pinto Coelho escreve como poucos e alia uma história ficcional cheia de criatividade a um momento histórico que lhe dá credibilidade, numa época em que se prevê a chegada dos nazis. É mesmo esse aspeto que torna a história tão verosímil e as personagens tão especiais. Escreve de forma tão natural, parecendo que as palavras lhe caem da boca ao contar uma história e, ao mesmo tempo, com uma sobriedade, um rigor, uma entrega e uma paixão tão grandes, que é impossível não agarrar o leitor às primeiras páginas.

A técnica narrativa que, por vezes, intercala os narradores Annina e o irmão, Ulisse é muito interessante, com uma nota de humor conseguido quando o irmão simplesmente discorda do que disse Annina, acrescenta alguma informação que ela quis ocultar ou corrige imprecisões.

A ação decorre em Pitigliano, um burgo situado em Toscana, Itália, em 1937. É uma terra pequena, onde parece difícil esconder segredos. Ou não? Será que os segredos ficam resguardados como os túneis e catacumbas em que Pitigliano tem os seus alicerces?

Annina Bemporad é uma adolescente judia bonita e rebelde, que sabe a influência que exerce sobre os rapazes. No dia em que o pai se mata com um tiro, fica a viver com a mãe e o irmão. Frequenta a escola e, nos tempos livres, faz trabalhos de costura na loja onde a mãe trabalha. Não tem muitos amigos, mas são de salientar Peppino, um rapaz que recolhe lixo com a sua bicicleta para montar espetáculos teatrais; Alessia, uma rapariga excêntrica, que mostra um afeto e interesse muito grandes por Annina e Cosimo, o grande amor de Annina.

De entre as costuras que faz, passa-lhe pelas mãos um vestido vermelho, que, depois de pronto, passa a contemplar na montra e com o qual sonha, sabendo de antemão que nunca teria dinheiro para ele.

Quando num espetáculo montado por Peppino, ela veste o vestido vermelho, deixa de ser invisível e passa a ser desejada por muitos. Então, Annina aproveita esses momentos de glória para, aos domingos, se sentar na esplanada a comer gelados que lhe vão oferecendo, rodeada de rapazes. Conversa com todos, mas não os deixa aproximarem-se excessivamente. Gosta de ser alvo de desejo, mantendo-se esquiva. Até ao dia em que tudo muda. Porque uma paixão recalcada em quem se julga o “dono do mundo”, pode gerar as maiores atrocidades.

Com efeito, tudo muda. Mas não vou alongar-me mais, para que não percam o entusiasmo pela leitura deste grande livro. Aconselho sem quaisquer reservas.

Ah, só acrescentar que o final é totalmente imprevisível!
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Celiagil | Mar 23, 2021 |

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48
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